Caramba, não agüento mais ir em médico! Essa alergia e esses hormônios irregulares me fazem ir a várias especialidades médicas. Mesmo assim é muito. Fui em duas médicas (uma terça, outra quarta) que solicitaram hemograma completo, hormônios esteróides, TSH (tireóide), creatinina (rim) e um bando que não lembro. Só sei que coletaram 6 tubos de sangue meus. Terça-feira que vem estarei na ecografia tomando aqueles milhões de copos de água. O que não faço por uma boa saúde... gosto de ficar impecável para meu namorado... (> _ <)
Hoje irei comprar quatro remédios que receitaram. (- _ -)' Não vou poder doar sangue por enquanto. (. _ .) Queria tanto ajudar, mas estou vendo não será possível. Talvez ano que vem...
Ontem senti na pele o que um agente comunitário de saúde (ACS) do PACS faz. Muito interessante. É importante a intervenção deles na saúde da família, mas é simples demais. Só perguntam o que está escrito no formulário (nome, endereço, última consulta médica, diabetes, hipertensão, sal na alimentação, caminhar como atividade física). Creio que um curso de capacitação profissional ou reciclagem seria bem legal para os ACS. Já li vários artigos falando sobre isso e estão mais do que certos. Por exemplo, diabetes e hipertensão podem ser ocasionados por diversos motivos além dos hábitos alimentares ruins. Falei sobre o estresse ser um importante fator de hipertensão para a ACS que acompanhamos nas visitas domiciliares. Ela passou a citar em outras visitas que realizamos, que não apenas alimentação seria o motivo da pressão alta, mas o estresse também (achei legal ela ter prestado atenção no que falei). Nisso, uma mulher nos contou que estava com pressão altíssima (22 por alguma coisa) no hospital e disse o que a estressou. Começou a contar fatos pessoais e familiares que estava envolvida. Esse acontecimento esclareceu perfeitamente a pressão alta dela. Observei que quando ela estava contando, seu rosto ficava ruborizado e sua expressão facial demonstrava irritabilidade. Creio que o simples compartilhamento de suas vivências pessoais tenha ajudado a ela se sentir melhor. Sabe quando a pessoa demonstra uma expressão de alívio? Fiquei alegre e aliviada com isso.
Algo que me inquietou foi quando ouvi a ACS pedindo para as pessoas caminharem, como forma de se exercitarem. Logo lembrei daquela aula da professora Gussi, na qual citava experiências profissionais. Recordo que ela falava a respeito dos conselhos que oferecia para determinadas complicações, dentre elas: desnutrição de criança - ferver um osso bovino, já que este contém tutano (medula óssea) rico em nutrientes (fazendo uma sopa) e consumir leite vitaminado. Tem que levar em conta o contexto em que a pessoa está inserida. De que adianta você pedir para a mãe ferver um osso, mesmo sabendo que irá ajudar muito. A mãe responde: "Cachorros que comem ossos, eu não sou um cachorro." Simples e breve. A outra questão do leite: qual a finalidade de você passar um pote de leite em pó e vitaminado para um filho desnutrido se a mãe sustenta outras 4 crianças? Ele continuará desnutrido, não adianta brigar com ela. Ela irá procurar um meio de alimentar os 5.
É isso que quero mostrar. De nada vale você seguir à risca tudo que é ensinado se não sabe associar aspectos culturais, sociais, econômicos, políticos e religiosos ao problema. Então ficar pedindo para os outros caminharem não seria a solução. Sabem por quê? Porque todos que visitamos daquela região dizem que aquele local específico é repleto de violência e insegurança com assaltos, estupros, tráfico de drogas, como andar por lá? Caminhar aonde? Na calçada inexistente? Na rua violenta? No tráfico? E o que fazer então para promoção de saúde? Construção de parques? Mais estupros e assaltos. Construção de um espaço de lazer? Possivelmente. Terá um dia do idoso com atividades recreativas em um galpão próximo do centro de saúde que faço estágio, essencial para a saúde deles. A comunidade de lá é constituída de população idosa com prevalência de hipertensão e diabetes. Esse dia seria perfeito para eles.
Concluindo o assunto dos ACS, eles seriam mais companheiros e amigos, além de servirem como "psicólogos" para as famílias. Um outro artigo que li falava do estresse que os agentes passariam ao visitar as casas. Pode-se presenciar brigas, intrigas, discussões, gritos nas casas (não as que visitamos). Os ACS observam e presenciam esses problemas. Estressa bastante. Mesmo com esses problemas, acho que eles estão fazendo um trabalho bem bacana.
Duas visitas que fizemos me marcaram muito. Uma foi um senhor de idade que estava mal, visão prejudicada e com dor. Notei que um vaso sanguíneo da perna esquerda dele (visão posterior) estava sobressalente e seus olhos aparentavam cansaço. Quando relatou que a visão estava ruim e atentei para aparição do vaso, percebi que era diabetes. Confirmei com outra pessoa dizendo da hiperglicemia, que até então não tinha sido informada (300mg/dL, alta glicose no sangue). A outra visita foi a um casal de idosos, dava para ver claramente a necrose (reações pós-morte celular) gangrenosa no dedão do pé do senhor. Achei preocupante e ao mesmo tempo interessante, pois tinha visto apenas nas figuras das aulas e vi como era realmente (lembrei do seminário de Necrose em ATV 1 e na aula de ATV2 que mostrou uma necrose gangrenosa de um órgão). O que mais me envolveu foi quando a professora falou para nós que até a marcação e execução dos exames o idoso terá que amputar o pé, devido a longa espera. Achei curioso, na hora que vi a gangrena, não sabia que outras partes do pé poderiam estar igualmente necrosadas. A professora chegou a comentar sobre isso também. Assim que ouvi ele comentando sobre o médico ter indicado AS (ácido acetilsalicílico) para melhorar a circulação, relembrei que esse medicamento "afinava" o sangue.
Algumas pessoas que visitamos, mostraram remédios que tomavam, mas não sabíamos avaliar a dosagem, notificar os efeitos colaterais ou informar a utilidade do medicamento, pois nem tivemos aulas sobre (teremos em Farmacologia). Os únicos que reconheci foram o Cloridato de Metformina para diabetes (diminui a glicose sanguínea circulante) e o AS para hipertensão e colesterol alto ("refina" o sangue e melhora a circulação deste).
Resumindo sobre o estágio: Aprendi bastante com essas experiências. Estou cada vez mais motivada e empenhando-me melhor para o estágio. Mesmo estando naqueles dias ruins, quando tudo parece cair sobre mim. Vejo as pessoas doentes e isso me traz inquietações. Quero ajudá-las a qualquer custo, não gosto de ver os outros sofrerem. Tenho feito o possível e o impossível para amenizar esse sofrimento deles.
Hoje irei comprar quatro remédios que receitaram. (- _ -)' Não vou poder doar sangue por enquanto. (. _ .) Queria tanto ajudar, mas estou vendo não será possível. Talvez ano que vem...
Ontem senti na pele o que um agente comunitário de saúde (ACS) do PACS faz. Muito interessante. É importante a intervenção deles na saúde da família, mas é simples demais. Só perguntam o que está escrito no formulário (nome, endereço, última consulta médica, diabetes, hipertensão, sal na alimentação, caminhar como atividade física). Creio que um curso de capacitação profissional ou reciclagem seria bem legal para os ACS. Já li vários artigos falando sobre isso e estão mais do que certos. Por exemplo, diabetes e hipertensão podem ser ocasionados por diversos motivos além dos hábitos alimentares ruins. Falei sobre o estresse ser um importante fator de hipertensão para a ACS que acompanhamos nas visitas domiciliares. Ela passou a citar em outras visitas que realizamos, que não apenas alimentação seria o motivo da pressão alta, mas o estresse também (achei legal ela ter prestado atenção no que falei). Nisso, uma mulher nos contou que estava com pressão altíssima (22 por alguma coisa) no hospital e disse o que a estressou. Começou a contar fatos pessoais e familiares que estava envolvida. Esse acontecimento esclareceu perfeitamente a pressão alta dela. Observei que quando ela estava contando, seu rosto ficava ruborizado e sua expressão facial demonstrava irritabilidade. Creio que o simples compartilhamento de suas vivências pessoais tenha ajudado a ela se sentir melhor. Sabe quando a pessoa demonstra uma expressão de alívio? Fiquei alegre e aliviada com isso.
Algo que me inquietou foi quando ouvi a ACS pedindo para as pessoas caminharem, como forma de se exercitarem. Logo lembrei daquela aula da professora Gussi, na qual citava experiências profissionais. Recordo que ela falava a respeito dos conselhos que oferecia para determinadas complicações, dentre elas: desnutrição de criança - ferver um osso bovino, já que este contém tutano (medula óssea) rico em nutrientes (fazendo uma sopa) e consumir leite vitaminado. Tem que levar em conta o contexto em que a pessoa está inserida. De que adianta você pedir para a mãe ferver um osso, mesmo sabendo que irá ajudar muito. A mãe responde: "Cachorros que comem ossos, eu não sou um cachorro." Simples e breve. A outra questão do leite: qual a finalidade de você passar um pote de leite em pó e vitaminado para um filho desnutrido se a mãe sustenta outras 4 crianças? Ele continuará desnutrido, não adianta brigar com ela. Ela irá procurar um meio de alimentar os 5.
É isso que quero mostrar. De nada vale você seguir à risca tudo que é ensinado se não sabe associar aspectos culturais, sociais, econômicos, políticos e religiosos ao problema. Então ficar pedindo para os outros caminharem não seria a solução. Sabem por quê? Porque todos que visitamos daquela região dizem que aquele local específico é repleto de violência e insegurança com assaltos, estupros, tráfico de drogas, como andar por lá? Caminhar aonde? Na calçada inexistente? Na rua violenta? No tráfico? E o que fazer então para promoção de saúde? Construção de parques? Mais estupros e assaltos. Construção de um espaço de lazer? Possivelmente. Terá um dia do idoso com atividades recreativas em um galpão próximo do centro de saúde que faço estágio, essencial para a saúde deles. A comunidade de lá é constituída de população idosa com prevalência de hipertensão e diabetes. Esse dia seria perfeito para eles.
Concluindo o assunto dos ACS, eles seriam mais companheiros e amigos, além de servirem como "psicólogos" para as famílias. Um outro artigo que li falava do estresse que os agentes passariam ao visitar as casas. Pode-se presenciar brigas, intrigas, discussões, gritos nas casas (não as que visitamos). Os ACS observam e presenciam esses problemas. Estressa bastante. Mesmo com esses problemas, acho que eles estão fazendo um trabalho bem bacana.
Duas visitas que fizemos me marcaram muito. Uma foi um senhor de idade que estava mal, visão prejudicada e com dor. Notei que um vaso sanguíneo da perna esquerda dele (visão posterior) estava sobressalente e seus olhos aparentavam cansaço. Quando relatou que a visão estava ruim e atentei para aparição do vaso, percebi que era diabetes. Confirmei com outra pessoa dizendo da hiperglicemia, que até então não tinha sido informada (300mg/dL, alta glicose no sangue). A outra visita foi a um casal de idosos, dava para ver claramente a necrose (reações pós-morte celular) gangrenosa no dedão do pé do senhor. Achei preocupante e ao mesmo tempo interessante, pois tinha visto apenas nas figuras das aulas e vi como era realmente (lembrei do seminário de Necrose em ATV 1 e na aula de ATV2 que mostrou uma necrose gangrenosa de um órgão). O que mais me envolveu foi quando a professora falou para nós que até a marcação e execução dos exames o idoso terá que amputar o pé, devido a longa espera. Achei curioso, na hora que vi a gangrena, não sabia que outras partes do pé poderiam estar igualmente necrosadas. A professora chegou a comentar sobre isso também. Assim que ouvi ele comentando sobre o médico ter indicado AS (ácido acetilsalicílico) para melhorar a circulação, relembrei que esse medicamento "afinava" o sangue.
Algumas pessoas que visitamos, mostraram remédios que tomavam, mas não sabíamos avaliar a dosagem, notificar os efeitos colaterais ou informar a utilidade do medicamento, pois nem tivemos aulas sobre (teremos em Farmacologia). Os únicos que reconheci foram o Cloridato de Metformina para diabetes (diminui a glicose sanguínea circulante) e o AS para hipertensão e colesterol alto ("refina" o sangue e melhora a circulação deste).
Resumindo sobre o estágio: Aprendi bastante com essas experiências. Estou cada vez mais motivada e empenhando-me melhor para o estágio. Mesmo estando naqueles dias ruins, quando tudo parece cair sobre mim. Vejo as pessoas doentes e isso me traz inquietações. Quero ajudá-las a qualquer custo, não gosto de ver os outros sofrerem. Tenho feito o possível e o impossível para amenizar esse sofrimento deles.
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