quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Repensemos na prática emancipatória do SUS...

Hoje, na aula de Seminário Integrativo I vimos um documentário demonstrando vários sistemas de saúde que alguns países possuem. No começo, retratava diversas situações em que o sistema de saúde dos Estados Unidos da América ( EUA) eram utilizados, sendo bastante visível a falta de compretimento deles com a saúde dos próprios habitantes desse país.
Enquanto muitos aguardavam para serem atendidos nos hospitais, outros morriam nos EUA. Pode-se observar uma situação semelhante ao Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil, mas há uma grande diferença. Além de necessitarem da autorização do seguro de saúde que deveria cobrir as inúmeras doenças as quais seus clientes são suscetíveis, negavam o atendimento e até cirurgias de extrema urgência nos EUA, levando a óbito muitos que não tinham o privilégio de pagar por um seguro ou o dinheiro que era insuficiente para continuar com o tratamento. Visavam em primeiro lugar, não a saúde, mas sim o lucro de empresas e pouco importava se a decisão daqueles que controlavam o poder (o presidente Nixon e Reagan), iria causar mortes ou maiores crises no sistema de saúde. Pretendiam apenas enriquecer, pensando nos seus próprios benefícios. Já no SUS, todos os cidadãos (que possuam RG, CPF e nome, elementos que possam identificar o indivíduo) podem fazer uso desse sistema. Dependendo das áreas que o SUS abrange, como o controle da qualidade da água, dos alimentos e do saneamento, e principalmente o que tange à saúde, o serviço é limitado, pois nem todos têm a oportunidade de usufruir dos benefícios que o SUS pode oferecer. Muitas pessoas não possuem acesso à água "potável", saneamento básico ou sequer podem se alimentar, ingerindo restos de alimentos em latas de lixo. Esses fatores de exclusão agravam ainda mais a situação de saúde no Brasil, pois muitas doenças (Leptospirose, Cólera, Diarréia, dentre outras) são causadas pela utilização de recursos hídricos de baixa qualidade ou de recursos que não sejam devidamente tratados de acordo com padrão do consumo humano (há a ingestão de substâncias que excedem a quantidade permitida pelo organismo humano). O consumo de alimentos contaminados também pode contribuir na incidência de doenças (Diarréia, Cólera, Ascaridíase, Oxiúro, e outros) e aumentar o índice de mortalidade da população, sem citar o aumento da crise nos hospitais públicos que a mídia tanto enfatiza. Por isso a necessidade da universalização dos direitos do SUS.
Quanto aos sistemas de saúde dos outros países citados no filme, foi implantado uma medicina de socialização (medicina social) nesses sistemas que tem a saúde e o bem-estar como prioridade, havendo a intervenção do Estado na prestação de serviços à população. Não é algo prejudicial, pelo contrário, traz muitos privilégios a quem utilize seus serviços. Comparando-se a "América" (EUA) com os países que incluem a medicina social nos seus sistemas de saúde, verifica-se uma grande divergência tanto na qualidade quanto no gasto com os serviços de saúde. Um dos países mencionados foi o
Canadá, a válvula de escape dos americanos que não possuem seguros de saúde ou que estejam insatisfeitos com os serviços prestados nos EUA. (Uma consulta pode custar até 10 dólares, incluindo o consumo de fármacos receitados pelos médicos. Observa-se uma elevação na qualidade e expectativa de vida dos canadenses). No entanto, a Inglaterra oferece serviços de saúde gratuitos aos clientes, como a estadia no hospital, cirurgias, remédios, equipamentos médicos de tecnologia avançada e muitos outros. A França conta os mesmos serviços gratuitos e difere em algumas coisas, como o atendimento médico em domícilio e uma maior remuneração aos médicos que cuidem bem dos pacientes (tratando de problemas físicos e psicológicos).

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