sábado, 3 de outubro de 2009

Hoje é dia de Okinawa Soba (沖縄そば)!!

Sei que alguns dos leitores do meu blog não têm tanto contato com a culinária oriental (tradicional, sem aquele sushi e sashimi de segunda categoria), então farei uma breve explicação do que seria o Okinawa Soba (prato consumido em Okinawa, Japão). Para aqueles apreciadores de macarrão japonês, esse prato é bastante recomendado (e de preferência onívoro e que não coma muito). ^^ No mês de outubro, em uma região do entorno, ocorre um festival chamado Okinawa Fest com comidas típicas japonesas, dentre elas o meu Okinawa Soba. O prato consiste em macarrão (meio espesso, liso e branco), legumes, verduras e carne de porco, todos devidamente cozidos e refogados. É servido quentinho e em razoável quantidade. Espero o ano inteiro para comer um. (> _ <)' Por isso  a minha felicidade! (XD) Estou ansiosa para sentir o sabor dele novamente... não, não se parece nada com Yakisoba (ou pseudo-yakisoba que vocês costumam comer). ¬¬

Hoje passei a tarde inteira e até agora de noite lendo e fazendo resumos. Quero adiantá-los e não deixá-los para última hora como muitos fazem. Ler aquela tese de 337 páginas é cansativo demais (parei na página 123 semana passada e pretendo concluir a leitura amanhã). Tenho que fazer mais três resumos para PSSS 1. Imaginem uns textos longos de 30 a 40 páginas... pelo menos o conteúdo é atrativo e interessante, mas fazer leituras o dia inteiro cansa muito. O lado bom de fazer tantos resumos é o grande auxílio que trazem na minha desenvoltura enquanto acadêmica. Tem valido a pena ler tanto e sumarizar os textos lidos.

No momento estou procurando relaxar e ouvir músicas... pois é, minha vida social praticamente não existe. Saio apenas quando consigo deixar minhas atividades e conteúdos em dia, ou seja, quase nunca. Estou tão acostumada com isso que nem me preocupo muito. Vida de acadêmico é assim mesmo, se a sua não está assim, há alguma coisa errada. Sou a favor de lazer sim, só não gosto quando atrapalha o rendimento acadêmico. 

Aquela tese de doutorado tem-me feito refletir muito. Aliás, todos os artigos que ando lendo estão me proporcionando várias reflexões. Confesso que era extremamente medíocre da minha parte sair julgando os outros sem ter conhecimento da razão na qual  eles adotavam determinadas atitudes. Digo em respeito aos usuários de drogas. Emitia muitos juízos de valor por ignorância mesmo. Agora revejo melhor meus conceitos e preconceitos. Achava que as pessoas usuárias de drogas possuíam mente fraca,  por isso perdiam o controle e equilíbrio rapidamente. Mas vi que não é assim. Tem todo um contexto e fatores por trás disso. Acreditem que o relacionamento com a família influencia muito. Por exemplo, possuir um pai que bebe muito, vivenciar violências domésticas, separação dos pais, morte de entes queridos. A pessoa ficaria muito vulnerável, sem o devido acolhimento e proteção, contribuindo assim para a escolha do caminho das drogas. Claro que não depende apenas desses fatores, a curiosidade, questão de vulnerabilidade social, os "amigos", conhecidos e demais poderiam contribuir (não sei exatamente todos os fatores, mas tenho noção de alguns). 

Bom, de qualquer modo, aprendi muito com a tese. O que me chamou a atenção foram os mapas das redes sociais. O círculo de amigos, família, namorado(a) e conhecidos são muito importantes na promoção de saúde, a minha área de atuação. Apenas por curiosidade, imaginem a situação de uma menina, que engravida acidentalmente, é recomendada a fazer pré-natal (exame realizado durante a gravidez) e será acompanhada até o final da gestação para avaliar seu estado de saúde e do bebê. Percebe-se, decorrido um período, que ela mente, não segue as recomendações dos médicos e  enfermeiros e falta as consultas. Não obstante a isso, os pais não sabem da gravidez de sua filha( sendo o pai muito rígido e a mãe, calma). Como contar o ocorrido aos pais? Ajuda externa. Para entender o que está acontecendo, não seriam suficientes as informações passadas por ela (já que mente e negligencia seus cuidados). O que fazer, então? Recorrer a alguém bastante íntimo ou próximo dela [mãe, amigos, namorado(a)]. Por isso a necessidade de se mapear as redes sociais, evita-se alguns possíveis problemas no futuro, além de se ter de modo mais efetivo a promoção da saúde. Posteriormente pretendo me aprofundar nesse assunto e aprender a utilizar esse mapa. Como falei várias vezes, sonho em mudar o atual sistema de saúde e farei a minha parte. É uma promessa.


Muitos prezam pela técnica, já eu, prezo pelo intelecto: aprender as teorias e conceitos para depois compreender a técnica, situar-se no ambiente de trabalho, possuir relações interpessoais (profissional/profissional, profissional/usuário, profissional/comunidade) e a partir disso, aplicar os cuidados necessários. 


Pouco me importo se não utilizam os diagnósticos da North American Nurse Diagnosis Association (NANDA) no dia-a-dia. Mas irei adotá-los. São essenciais. Amo fazer diagnóstico. Exemplo de uma situação: Cliente admitida na unidade para realização de quimioterapia, sendo que a mesma está com estomatite (bolinhas inflamadas), tonsilas (amígdalas) aumentadas e presença de placas brancas espalhadas na cavidade bucal. Diagnóstico: Mucosa oral prejudicada relacionada a quimioterapia evidenciada por amígdalas aumentadas, estomatite e placas esbranquiçadas.


Acabei me empolgando na hora de escrever, me desculpem. (- _ -)'


Espero que as pessoas que leiam aqui (não-convidadas por mim, mas exploram meu blog) tomem vergonha na cara e estudem decentemente. 

Que tipo de profissionais vocês pretendem ser no futuro?


Até a próxima postagem. =)


OBS: Fotinho do meu cacto (são menos de 15 os "filhos" dele, um morreu ._.) Esse brotinho esbranquiçado e peludo é a flor dele... lindinha >.<



Vista mais aproximada (acima)


Filhote gigante dele (ocupa quase o vaso inteiro)

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