sábado, 16 de outubro de 2010

Ainda há...

...uma criança indefesa e insegura em mim e ela necessita de atenção, amor e carinho. Por que nunca pude sentir isso? Ter um cuidado materno e paterno é vital. Posso ter 21 anos (quase 22), mas adoro poder ser cuidada, acariciada. Isso tem me deixado mal. Não consigo me curar logo, porque necessito desses cuidados. É muito ruim estar doente (sinto dor quase que o dia inteiro no estômago e intestino), não conseguir me alimentar adequadamente e não ter quem cuidar de mim. Minha garganta não pára de inflamar e acredito que isso é essencialmente psicológico e emocional, pois quando estou bem não sinto nada. Acho que apenas um beijinho poderia sarar toda essa dor (dá um beijinho que sara, como dizem para nós). Tentei pedir socorro, mas a única pessoa que me acudiu foi o Neguis, por telefone, já que está longe. Não duvido que se ele morasse perto, sairia correndo e logo me acalentaria em seus braços, como fez nas vezes em que estive doente. Desculpem-me, mas amigos não conseguem suprir essa carência, é muito diferente. No entanto, não nego um abraço amigo para me acalmar ou quando se preocupam com a minha saúde, ajudam bastante. Só que não é o suficiente... sou movida por amor e sem esse amor, fico infeliz e adoeço... como Neguis diz... sou uma jóia rara... muito delicada e frágil ._.

Preciso viver ao lado de quem me faça feliz... está na hora de construir minha própria história, com meus feitos. Esse é um dos pensamentos que mais me motivam a estudar para USP, pois quando estiver lá, poderei ver meu amor com mais frequência e deixarei muitos pesos para trás, como meus pais. Sabe o que falta neles? Doçura e empatia. Não adianta vir com abraços e beijos se não escutam meus sentimentos. A educação japonesa é falha em relação a demonstração e aceitação de afeto, uma das piores características existentes. O relacionamento com os pais é frio, respeitoso, porém sem envolvimento. Acordem, estamos no Brasil... cultura e realidade totalmente díspares do que ocorre no Japão... algumas dessas tradições japonesas me transtornam... 

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